A ciência funciona do mesmo jeito durante uma pandemia? Entenda passo a passo

Saiba como são feitas, publicadas e, quando necessário, corrigidas as pesquisas científicas antes ou durante situações de emergência como a pandemia de covid-19

Por Matheus Souza
Arte: Luana Franzâo
08/07/2020

Meses atrás, a recomendação oficial era de que não havia necessidade de todos usarem máscaras para evitar a propagação da covid-19. Hoje, elas são obrigatórias em quase todos os locais. Da mesma forma, antes os sintomas conhecidos da doença eram poucos – febre, tosse, cansaço e, em casos mais graves, falta de ar –, logo a lista foi aumentando para incluir dores de garganta, diarreia e até perda de paladar e olfato. Você pode ter ficado confuso com a mudança dessas informações, mas elas ilustram bem como funciona a ciência: a cada nova descoberta, o cenário muda e é preciso se atualizar para dar os próximos passos. E isso vale para qualquer época.

Com a pandemia, além da correria para trazer soluções ter acelerado as coisas, pesquisas e artigos científicos passaram a receber mais destaque midiático. Assim, a falta de familiaridade a respeito de como eles são feitos, somada à ansiedade natural que um momento difícil como este proporciona, abriu espaço para que parte dessas pesquisas sejam interpretadas e divulgadas de maneira incorreta, o que pode ter consequências perigosas.

O melhor modo de evitar essa cilada é entender como funciona a produção científica, que segue (ou deveria seguir) as mesmas regras e a mesma lógica em qualquer situação. Nesta reportagem especial, o Jornal da USP explica o processo com a ajuda de especialistas, que também trazem dicas sobre como se informar melhor nesse período conturbado.

Do experimento aos artigos publicados

Tudo começa com uma pergunta a ser respondida (exemplo: será que a Terra é redonda?). Primeiro, o pesquisador ou pesquisadora desenvolve uma metodologia para encontrar essa resposta. Depois, busca testar essa metodologia por meio de um experimento. Então relata todo esse processo, assim como os resultados encontrados, em um artigo científico. O artigo é avaliado e, por fim, acaba publicado em uma revista científica.

Porém, o resultado de uma pesquisa nunca pode ser visto como incontestável. Na verdade, sempre que um novo estudo é publicado, imediatamente ele começa a ser questionado.

“Todo o processo de geração de conhecimento pela ciência é cooperativo, e o cientista tem que estar preparado para receber a crítica dos pares, porque é assim que a ciência vai avançar”, diz Natalia Pasternak, pesquisadora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), voltado para a promoção de políticas públicas baseadas em evidências científicas.

“Depois de publicado, o artigo ainda está sujeito às críticas da comunidade científica, e é justamente essa a ideia, que todo mundo consiga interpretar seu trabalho, ver o que você fez, criticar, sugerir novas ideias. Ou até, e isso é muito bem vindo, replicar o seu trabalho para ver se você realmente tinha razão, se tudo o que você fez pode ser reproduzido em outro laboratório independente”, completa a cientista.

A primeira etapa desta avaliação acontece antes mesmo da publicação oficial, no processo de edição da revista científica. Depois que um artigo é submetido, ele passa pela revisão por pares, ou peer review, que consiste numa análise feita por especialistas na área de conhecimento que diz respeito ao artigo. Em geral, são dois revisores, convidados pela revista especificamente para isso. Caso essas análises sejam muito discrepantes uma da outra, o editor costuma fazer uma terceira leitura.

Além das normas editoriais de cada revista, neste processo são observados alguns pontos cruciais a respeito do estudo apresentado. Por exemplo: a metodologia usada, a qualidade dos dados levantados, se o experimento passou por um comitê de ética, quando for o caso, a bibliografia, dentre outros.

Outro fator essencial são os chamados grupos experimental e de controle. Em pesquisas que envolvem testes com humanos ou animais, como no desenvolvimento de medicamentos, eles são divididos em dois grupos. O experimental ou de estudo é aquele que efetivamente receberá o tratamento testado. Já o grupo controle é aquele que receberá um placebo, ou seja, um tratamento falso que não deve produzir efeito nenhum. A efetividade dos resultados se dá a partir da comparação entre esses grupos, por isso as suas características e o modo como eles são selecionados são de extrema importância.

Além do artigo científico em si, que sempre tem intenção de apresentar um estudo inédito, existem também os artigos de revisão. Nestes, um ou mais pesquisadores fazem uma compilação e revisão de todos os estudos já publicados a respeito de determinado tema. Isso é importante tanto para fazer uma análise crítica em torno das pesquisas desenvolvidas sobre um tema, quanto para a elaboração de novos estudos. Por exemplo, para os cientistas estudando a covid-19, é muito útil revisões de pesquisas sobre a Sars e a Mers doenças respiratórias causadas por outros tipos de coronavírus.

A antropóloga Aparecida Vilaça, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta como funciona a revisão por pares na revista Mana: Estudos de Antropologia Social, da qual ela foi editora até março deste ano. ”É uma avaliação cega, no sentido de que o avaliador não sabe quem é o autor do artigo, e o contrário também, o autor não sabe quem foram os avaliadores”.

Os avaliadores entregam pareceres sobre o artigo para a editoria, indicando questões que podem ser corrigidas ou melhoradas. Esses pareceres são enviados aos autores do artigo para que façam as mudanças necessárias.

“Quando o artigo volta é a editoria, de novo, que vai avaliar se os pedidos dos pareceristas foram atendidos. Se não foram, a editoria mesmo vai mostrar os outros pontos que não foram atendidos. O artigo volta para o autor, e depois volta para o editor fazer a leitura final pra ver se de fato foram incorporadas as sugestões”, explica Vilaça.

Todo esse processo pode levar desde alguns meses até mais de um ano, a depender do tipo de estudo e do nível de exigência de cada revista. Nas ciências biológicas, exatas e também na área de tecnologia, é comum que o estudo em questão trate-se de uma continuidade direta de um resultado anterior, por isso há artigos com vários autores, indicando as respectivas contribuições em diferentes fases da pesquisa. Isso também pode acontecer nas ciências humanas, como a antropologia, porém neste caso são mais frequentes pesquisas com menos autores e maior tempo de duração, resultando em artigos maiores em número de páginas.

Inclusive, na opinião da pesquisadora, essa diferença não é totalmente compreendida nos órgãos responsáveis pelo financiamento de periódicos associados a instituições públicas. No caso da Mana, que é ligada ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, o financiamento vem do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

O problema, segundo Aparecida, é que as bolsas de financiamento levam em consideração a quantidade de artigos publicados, mas sem fazer diferenciação entre as ciências humanas e as demais.

“Exigir que sejam publicados 25 artigos de antropologia social num ano é muito diferente de 25 artigos de outras ciências no mesmo período. A imposição de um modelo de ciências exatas e naturais para as ciências humanas nos encurrala”, diz ela, lembrando também que a verba da revista Mana foi reduzida mais de uma vez nos últimos anos.

Qual o processo de uma pesquisa? – Texto: Matheus Souza/Infografia: Luana Franzão – Jornal da USP

O crescimento dos preprints

Outro modelo de artigo que tem ganhado mais relevância são os chamados preprints. O termo, do inglês, significa pré-impressão ou pré-publicação e é exatamente o que a tradução indica: uma versão do artigo científico que ainda não foi publicada em nenhum periódico. Portanto, sem ter passado pela revisão por pares.

Em alguns casos, os autores de um estudo podem disponibilizar essa versão preliminar do artigo para a comunidade científica por meio de sites chamados de repositórios de preprints. O objetivo é tornar o processo científico ainda mais rápido e colaborativo: dessa forma, antes mesmo da publicação oficial, muitos cientistas podem ter acesso ao conteúdo e fazer críticas, sugestões ou qualquer outro tipo de avaliação.

“Assim, dependendo da sua avaliação, o autor pode fazer mudanças conforme sugerido pela comunidade científica. E aí submeter definitivamente para a revisão por pares”, explica o professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Jackson Cioni Bittencourt, atual presidente da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA).

A ideia de disponibilizar preprints pela internet existe desde, pelo menos, os anos 1990. Um dos mais antigos repositórios é o arXiv.org, vinculado à Universidade Cornell, nos Estados Unidos, que foi criado em 1991 e abriga artigos da área de física, matemática e ciência da computação. Na última década, o meio cresceu de forma expressiva, e muitos outros repositórios foram criados, como o bioRxiv (2013), voltado para as ciências biológicas, e o ChemRxiv (2016), com artigos sobre química. No Brasil, a plataforma SciELO foi a primeira a oferecer essa modalidade, lançando em abril deste ano o SciELO Preprints.

Com a pandemia, os preprints se tornaram ainda mais importantes, já que por meio deles é possível que pesquisadores no mundo inteiro acompanhem quase em tempo real todas as novas descobertas a respeito da covid-19. Porém, existe um lado negativo desse processo. Preprints são artigos preliminares, e devem ser sempre lidos desta forma. Caso contrário, as consequências podem ser grandes.

O caso mais emblemático até agora gira em torno do uso da hidroxicloroquina como tratamento da covid-19. Um dos primeiros estudos sobre isso foi publicado em formato preprint por pesquisadores franceses no final de março. Os resultados, que indicavam eficácia da substância no tratamento, foram questionados logo de imediato pela comunidade científica, mas mesmo assim ganharam destaque nos jornais. Até hoje, ainda não há estudos conclusivos sobre o uso do medicamento (uma pesquisa mais recente, que dessa vez indicava ineficácia do tratamento, também foi criticada). Esse conflito inicial de informações foi o suficiente para que ele se tornasse uma questão de disputa política, tanto no Brasil quanto no exterior.

Outro exemplo foi um preprint de cientistas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (CAAS), publicado em abril, sobre a transmissão do novo coronavírus entre gatos. A pesquisa foi noticiada na respeitada revista Nature, mas apresentava falhas metodológicas que praticamente invalidavam os resultados. Na época, o professor Paulo Eduardo Brandão, da Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, falou sobre essas falhas ao Jornal da USP.

De acordo com ele, um dos problemas era a origem dos gatos testados. “Quando fazemos experimentos com animais em laboratório, criamos animais puros, iguais entre si, livres de infecções”, explica.

No entanto, aquele estudo utilizou animais que vinham de gatis (abrigos de gatos), o que prejudicava a análise, pois havia a possibilidade de que eles já estivessem infectados com outros tipos de vírus. Além disso, o professor ressalta que o número de gatos estudados também era muito pequeno para afirmar que a infecção podia ocorrer fora do ambiente de laboratório.

Aline da Hora, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), enviou uma carta à revista Nature apontando essas questões. Brandão também enviou uma carta, mas esta não chegou a ser publicada porque antes disso o estudo chinês foi publicado formalmente, com revisão por pares, por outra revista renomada, a Science.

“Apesar disso, ainda trazia os mesmos problemas”, diz o professor.

Ele acrescenta que o estudo mais confiável sobre o tema, por enquanto, foi um publicado pelo New England Journal of Medicine em maio, que também chegou à conclusão de que gatos podem ser infectados pelo novo coronavírus, mas com dados mais consolidados. “Esse trabalho, em termos técnicos, em termos experimentais, foi muito melhor do que esse primeiro da China”.

Desinformação e guerra de narrativas

A dificuldade de interpretar o noticiário sobre a pandemia tem origem em problemas muito mais antigos e complexos, que vêm desde a educação básica.  “Nós temos uma alfabetização científica precária no Brasil. As pessoas não estão bem informadas e tendem a acreditar naquilo que elas querem acreditar”, diz Wilson Bueno, professor sênior da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, especializado em jornalismo científico.

“Qualquer possibilidade, hoje, de um medicamento, de um processo, de uma possível vacina, é alardeado, algumas coisas se mostram reais, podem ser promissoras, e tem muita coisa que é mais marketing da indústria da saúde”.

Isso quer dizer que todo mundo precisa ter formação superior para compreender as notícias sobre ciência? De modo algum. A questão principal é o desenvolvimento de um espírito crítico e a compreensão de que temas complexos não se resolvem com soluções fáceis ‒ algo que não necessariamente depende do acesso ao ensino superior.

“No caso específico do novo coronavírus, a própria comunidade científica reconhece que sabe pouco, que está aprendendo ao longo do tempo. Mas, pela ansiedade, pela dramaticidade da pandemia, essas informações são liberadas com muita intensidade e o dia todo”, acrescenta o professor Wilson. “E na verdade, necessariamente, essas coisas estão em transição”.

Para Leandro Tessler, professor no Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e estudioso da cultura e divulgação científica há mais de dez anos, que o momento atual conta ainda com uma guerra de narrativas em torno da pandemia. Há um grupo, do qual fazem parte diversas lideranças políticas, que busca minimizar a gravidade do momento às custas de distorcer evidências científicas, criando uma narrativa confusa.

“As pessoas querem buscar dados que validam suas crenças, isso é anticiência, é o contrário do que a ciência faz. Na ciência, fazemos as nossas crenças a partir dos dados, enquanto na anticiência você tem essa crença e busca dados que apoiem ela. E assim a gente passa pela leitura enviesada de artigos”, diz Tessler. Ele também faz parte do Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais (EDReS) da Unicamp, que criou um canal no WhatsApp onde é possível encaminhar notícias falsas sobre o coronavírus, que serão analisadas com o objetivo de encontrar as melhores maneiras de combatê-las – o número é (19) 99327-8829.

“Na situação atual, a minha sugestão é ouvir os especialistas. Antes de correr para dizer que descobriram uma cura para o coronavírus, ou vacina, ou que o pico já passou, sair bradando o que aparece só em servidores de preprints, falar com gente que conhece, que entende do que está falando. Está cheio de especialistas aqui no Brasil sobre esses assuntos. É ver o que eles dizem, gente com experiência, que já publicou na área e que já conhece o processo científico”.

Aos poucos,  tanto a imprensa quanto os próprios cientistas vêm aprendendo melhores maneiras de abordar os temas envolvendo a covid-19, como avalia a microbiologista Natalia Pasternak. Ela acredita que este momento também trouxe um aumento do interesse por ciência de modo geral, o que é algo positivo, mas também tem suas contradições.

“Estamos vivendo numa era em que a ciência, por um lado, nunca foi tão valorizada, e por outro, nunca foi tão incompreendida. É um paradoxo: as pessoas querem respostas da ciência que a ciência ainda não têm, e quando a ciência não tem, elas se voltam muito facilmente para falsos profetas e para ciência mal feita”.

Reconhecendo os periódicos e pesquisadores

Mesmo quando os artigos passam pela revisão dos pares para ser publicados, a própria revista ou periódico no qual será feita a publicação também deve ser observada com atenção. Isso porque, ainda que de modo geral o processo seja semelhante, cada revista tem seus próprios parâmetros de avaliação e edição. Saber um pouco mais sobre elas pode ajudar a entender como determinado estudo foi analisado e até mesmo a importância que ele representa para comunidade científica.

Os periódicos existem há séculos, e são fundamentais pois é principalmente por meio deles que se publiciza e registra o avanço da ciência. As revistas mais renomadas são aquelas que indicam um processo rigoroso de análise e seleção do conteúdo: quando uma pesquisa é publicada nelas, entende-se que ele foi lido com cuidado e seus resultados são de grande impacto para determinada área do conhecimento. Dentre esses títulos, estão também algumas publicações já tradicionais e bastante antigas, como a revista Science, criada em 1880 nos Estados Unidos, e a Nature, fundada em 1889 no Reino Unido.

Existem alguns indicadores eventualmente utilizados para quantificar a qualidade de um periódico, como o Fator de Impacto (FI), que tem como base o número de vezes que ele é citado em outras publicações. Ele foi criado na década de 1970 como um índice para que as bibliotecas pudessem avaliar quais periódicos deviam ser adquiridos, considerando quais tinham maior penetração na comunidade científica de determinada área.

O FI é calculado a partir da soma de todas as citações que um periódico recebeu referente a artigos publicados nos dois anos anteriores, dividido pelo total de artigos que foi publicado no mesmo período. Por exemplo, o FI de um periódico em 2019 número de citações que os artigos publicados em 2017 e 2018 receberam ao longo de 2019 número total de artigos publicados em 2017 e 2018. O Journal Citation Reports (JCR), publicado pelo grupo Web of Science, reúne o cálculo de fator de impacto para vários periódicos do mundo todo. Ele pode ser acessado a partir do Portal de Periódicos CAPES.

Inclusive, a própria Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) possui um sistema de avaliação, o Qualis-Periódicos. Ele é feito por comitês de consultores para cada área, que seguem critérios previamente definidos observando fatores como periodicidade, qualidade e diversidade dos trabalhos publicados, dentre outros. Ao fim, os periódicos são agrupados em diferentes estratos que indicam sua qualidade segundo a avaliação: A1 (mais alto), A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4, e C (mais baixo).

Existe também um mecanismo de avaliação de impacto e produtividade de um pesquisador, que é o índice-H (ou H-index, em inglês), proposto em 2005 pelo físico argentino Jorge Hirsch. O índice-H representa o número de artigos de um pesquisador que foram citados um número igual ou maior de vezes em outros trabalhos. Ou seja, se um pesquisador possui índice-H = 5, por exemplo, isso quer que ele possui 5 artigos que receberam no mínimo 5 citações cada um.

O índice-H pode ser considerado no total ou para um determinado período de tempo. Alguns cientistas colocam seu índice-H no currículo na Plataforma Lattes, e ele também é automaticamente calculado e indicado no Google Scholar, caso o pesquisador tenha o perfil cadastrado. Apesar de não ter surgido com este propósito, também é possível calcular o índice-H para uma instituição, departamento, grupo de pesquisa, dentre outros.

Todos esses fatores têm seu nível de importância, porém, eles não devem ser observados de forma categórica para considerar os trabalhos dos cientistas, pois possuem algumas limitações. Revistas muito conhecidas e já conceituadas como a Nature e a Science naturalmente recebem projeção expressiva e, como consequência, acabam tendo mais chance de serem citadas e ter um alto Fator de Impacto. Isso não quer dizer periódicos menos citados, às vezes restritos a publicações de apenas uma região ou área do conhecimento, sejam de qualidade inferior. Da mesma forma, cientistas no início da carreira sempre terão um número pequeno de artigos publicados e citações, o que é refletido no índice-H. Por isso, o melhor modo de se observar esses indicadores é de forma dinâmica, considerando todos os fatores envolvendo cada pesquisa como um conjunto.

Descubra aqui o significado de algumas expressões comuns no universo da Ciência:
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